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quinta-feira, 4 de julho de 2013

CASO MARANATA UM ALERTA A IGREJA EVANGÉLICA!

Não tenho procuração da Igreja Cristã Maranata (neste artigo também referido pelo acrônimo de ICM) para defendê-la ou representá-la e muito menos sou a voz oficial dos evangélicos, mas não dá pra aceitar como cidadão brasileiro e cristão protestante num país que se diz laico o que fizeram com a Maranata. Foi um ultraje inconstitucional alicerçado ao que parece sobre uma raiva maligna propalada por um tipo sórdido de jornalismo sensacionalista e oportunista, o que por vezes caracterizou-se como perseguição religiosa. 
Hoje são os nossos irmãos icemitas que sentem na pele e na face afrontas e escárnios públicos. Quem nos garante que num futuro próximo não será outra nomenclatura eclesiástica a passar e a provar os efeitos de semelhante e infundada decisão judicial de intervenção, afinal o precedente Maranata aconteceu no Brasil e por aqui o que é injusto às vezes torna-se procedente e jurisprudente.
Há pouco mais de dois anos atrás quando surgiram às primeiras denúncias contra alguns membros do conselho de administração da Igreja Cristã Maranata, escrevi um artigo intitulado “Foi-se a glória”. Naquela postagem relatei que o impacto das denúncias de desvio de dinheiro advindas de contribuições dos fiéis da ICM resultaria em perdas generalizadas não só para os icemitas, mas para toda a igreja evangélica uma vez que a opinião pública classifica a todos evangélicos como os batistas, presbiterianos, assembleianos e metodistas de crentes e ponto.
É verdade que as demais igrejas evangélicas sentiam falta da proximidade com irmãos da ICM por conta de seu isolamento denominacional – mas tal posicionamento não era discriminatório e sim por zelo doutrinal e observância da tradição daquela instituição. Mesmo assim os cristãos protestantes de fora da ICM com suas considerações à parte sempre a elogiavam por sua administração e forma de governo liquefeita de convergências distintas e que mesmo assim a mantiveram unida e linearmente ao longo de seus 45 anos de história. 
Infelizmente os tropeços ocorreram por alguns bodes gananciosos que estavam no meio do grande rebanho icemita e tal comportamento entristeceu e espalhou ovelhas, envergonhou pastores e de modo súbito provocou pasmo nos de fora da instituição. Em contrapartida aos fatos que se iam apurando a liderança da ICM através de seu presbitério posicionou-se imediatamente depondo a antiga comissão com membros comprometidos com as denúncias e elegeu através de assembléia extraordinária de seu colegiado pastoral uma nova composição do conselho deliberativo já no fim de 2011; dispôs-se a atender as solicitações do Ministério Público Estadual e colabora até hoje com o andamento das investigações no intuito de corrigir e coibir quaisquer incorreções administrativas ou financeiras que tragam mais prejuízos a instituição.
A cronologia do suplício icemita prossegue a mais de dois anos e ainda o MP capixaba continua recebendo denúncias, sumarizando provas, contabilizando valores e apurando as supostas irregularidades administrativas. De forma correlata e atendendo aos pedidos do MP, a Justiça de nosso Estado também convocou os denunciados a prestarem esclarecimentos, expediu mandatos cautelares de prisão, executou a interdição da sede administrativa da Igreja, quebrou sigilo bancário, avaliou o capital e evolução econômica dos investigados, suprimiu poderes legais e privou acesso do novo conselho eleito ao presbitério – este último ato foi recebido com estranheza pela sociedade capixaba e ao mesmo tempo como extenuante da justiça frente ao bombardeio midiático em torno do tema.
No viés da formação de opinião pública alguns meios de comunicação capixaba se aproveitaram da situação e picharam a imagem até então impoluta da Igreja Cristã Maranata e uma banda oportunista de jornalistas extrapolou os direitos da imprensa livre ao manietarem e imporem através de suas matérias todos os fiéis e líderes da ICM debaixo da mesma acepção fraudulenta. Por fim a deflagração contra a Maranata denotou-se como uma sensacional ação comercial de vendas de jornais em bancas de esquina. Relegaram o dever jornalístico de não generalizar ou faltar com isenta e sensata apuração a fim de enaltecer a razão dos acontecimentos e inibir as vitrines dos tablóides de mexericos que desmerecem o crédito do jornalismo da verdade.
O que parecia improvável aconteceu e logo com a ICM que como precedente histórico fincou o marco da primeira intervenção do Estado numa instituição religiosa do país. O Estado com seu poder judicial assumiram a direção da denominação evangélica e mais do que isso, a soberania instituiu interventores, destituiu e envolveu-se por meio de seu representante legal em questões de espiritualidade e liturgia (o que não compete ao Estado) e quase implodiu a fé de muitos de nossos irmãos de lá!
Decisões judiciais sem quaisquer jurisprudências reproduziram algo parecido com o poder imperial de Constantino (III século d.C) que através de seu édito mudou rumos religiosos da noite para o dia não sendo ao menos clérigo; ou da impiedosa invasão selêucida orquestrada pelo tirano Antioco Epifânio IV que invadiu Jerusalém e por fim profanou o templo e o culto judaicos (175 a 164 a.C). Aqui da mesma sorte promoveram sacrilégios e provocaram a profanação dos santuários da ICM espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Indago que país é esse que se diz democrático, que discursa pautar-se no que é bom para o coletivo, mas diferentemente porta-se como uma monarquia austera representada neste episódio por uma faceta de justiça partidária que relega a mais salutar voz de liberdade, direito e cidadania constituinte?
A razão seria que a Maranata sob as asas do dito estado laico (é isso que reza a constituição federal), em assembléia interna e em conformidade com seus estatutos escolhesse para a fase crítica os representantes e comissão para o enfrentamento da crise estendida e desgastante. Nenhum crente verdadeiro da ICM e os pastores sinceros que lá ministram sem receber qualquer salário concordam com fisiologismo eclesiástico, fraudes financeiras, estelionatos, evasão de divisas, formação de quadrilha e com máfias religiosas. Querem os irmãos que toda verdade seja trazida à tona, que os responsáveis pelos crimes sejam punidos nos rigores da reta justiça e que as somas fraudadas sejam devolvidas à igreja. Portanto que haja respeito com a instituição e seus membros que nada tiveram com o reprovável sistema implantado em sua gestão financeira e administrativa.
Para a alegria do rebanho os jornais noticiaram neste dia 03/07/2013 – não com o destaque e alarde que geralmente fazem para denegrir os cristãos com um discurso hipócrita de que é para proteger os fiéis – que a intervenção do Estado acabou por decisão do desembargador José Luiz Barreto Vivas e que o conselho presbiteral instituído por eleição no fim de 2011 volte às suas funções, exceto o único da atual composição investigado no processo – demorou mais até que enfim o rosto da justiça apareceu!
Que o Senhor Jesus Cristo oriente o conselho da Igreja Cristã Maranata na retomada normativa de suas atribuições em favor de um universo religioso de mais de 800 mil pessoas – a grande maioria de boa fé e índole. A comunidade evangélica também celebra essa vitória icemita e na oração comungam das mesmas súplicas e rogos em prol da grande obra do Espírito Santo.
Notícias relacionadas à postagem
Confira a notícia da derrubada da intervenção administrativa da Justiça capixaba na Igreja Cristã Maranata:
Suspensa a intervenção na Igreja Maranata (Gazeta Online) 
Veja a inconstitucionalidade da intervenção judicial na ICM:
Juristas evangélicos contra novo interventor da Igreja Cristã Maranata (Folha Vitória)
Você também poderá gostar de ler o artigo “Foi-se a glória” escrito no limiar dos ataques a Igreja Cristã Maranata a mais de dois anos atrás:
Foi-se a Gória! (Artigo publicado originalmente no blog Cristão Capixaba)

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